O segundo caderno trabalha a narrativa presente nas músicas (6º ano). Complementando essa temática segue um poema-narrativo muito interessante para trabalharmos os elementos narrativos e as modalidades textuais pertencentes a esse gênero.
Introdução
O Parque Estadual da Serra do Rola-Moça teve seu
nome contado em 'causo' e imortalizado por Mário de Andrade em um poema que
relata a história de um casal, que, logo após a cerimônia de casamento, cruzou
a Serra de volta para casa, quando, então, o cavalo da moça escorregou no
cascalho e caiu no fundo do grotão. O marido, desesperado, esporou seu cavalo
ribanceira abaixo 'e a Serra do Rola-Moça, Rola-Moça se chamou'.
Serra do Rola-Moça
A Serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não...
Eles eram do outro lado,
Vieram na vila casar.
E atravessaram a serra,
O noivo com a noiva dele
Cada qual no seu cavalo.
Antes que chegasse a noite,
Se lembraram de voltar.
Disseram adeus para todos
E puseram-se de novo
Pelos atalhos da serra
Cada qual no seu cavalo.
Os dois estavam felizes,
Na altura tudo era paz.
Pelos caminhos estreitos,
Ele na frente ela atrás.
E riam. Como eles riam!
Riam até sem razão.
A serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não,
As tribos rubras da tarde
Rapidamente fugiam
E apressadas se escondiam
Lá embaixo nos socavões
Temendo a noite que vinha.
Porém os dois continuavam
Cada qual no seu cavalo,
E riam. Como eles riam!
E os rios também casavam
Com as risadas dos cascalhos
Que pulando levianinhos
Da vereda se soltavam
Buscando o despenhadeiro.
Ah, Fortuna inviolável!
O casco pisara em falso.
Dão noiva e cavalo um salto
Precipitados no abismo
Nem o baque se escutou.
Faz um silêncio de morte.
Na altura tudo era paz...
Chicoteando o seu cavalo,
No vão do despenhadeiro.
O noivo se despenhou.
E a serra da Rola-Moça
Rola-Moça se chamou.
Mário de Andrade
Atividade
A Serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não...
Eles eram do outro lado,
Vieram na vila casar.
E atravessaram a serra,
O noivo com a noiva dele
Cada qual no seu cavalo.
Antes que chegasse a noite,
Se lembraram de voltar.
Disseram adeus para todos
E puseram-se de novo
Pelos atalhos da serra
Cada qual no seu cavalo.
Os dois estavam felizes,
Na altura tudo era paz.
Pelos caminhos estreitos,
Ele na frente ela atrás.
E riam. Como eles riam!
Riam até sem razão.
A serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não,
As tribos rubras da tarde
Rapidamente fugiam
E apressadas se escondiam
Lá embaixo nos socavões
Temendo a noite que vinha.
Porém os dois continuavam
Cada qual no seu cavalo,
E riam. Como eles riam!
E os rios também casavam
Com as risadas dos cascalhos
Que pulando levianinhos
Da vereda se soltavam
Buscando o despenhadeiro.
Ah, Fortuna inviolável!
O casco pisara em falso.
Dão noiva e cavalo um salto
Precipitados no abismo
Nem o baque se escutou.
Faz um silêncio de morte.
Na altura tudo era paz...
Chicoteando o seu cavalo,
No vão do despenhadeiro.
O noivo se despenhou.
E a serra da Rola-Moça
Rola-Moça se chamou.
Mário de Andrade
Atividade
1)
Esse é um poema-narrativo. Quais elementos da narrativa
você encontra no texto?
2)
O que significa “as tribos rubras”?
3)
Qual foi o desfecho da história?
4)
Procure no dicionário as palavras: atalhos, estreitos,
socavões, cascalhos, vereda, despenhadeiro.
5)
Transforme o poema em prosa (texto escrito em
parágrafos).
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